Investir mais é importante. Mas investir melhor é indispensável.
- Tatiana Neves
- 7 de abr.
- 2 min de leitura
Com mais de 8 anos atuando como consultora educacional, talvez a frase que eu mais tenha escutado ao entrar numa instituição para fazer um diagnóstico seja: “Aqui já fizemos tudo”.
Tudo? O que é tudo?
Tudo e nada são conceitos muito parecidos quando não se tem clareza do que se está avaliando.
Com o tempo, e depois de muitas visitas, reuniões, metas não batidas e campanhas repetidas, eu criei um framework de análise diagnóstica com 84 itens de avaliação.
Eles estão organizados em categorias que vão muito além do post de redes sociais ou do panfleto na recepção:
1. Redes sociais
2. Canais digitais
3. Marketing direto
4. Relacionamento 1x1
5. Indicações
6. Mídias tradicionais
7. Experiência
Quando a gente mergulha nesses pontos com um checklist estruturado, a tal frase do “já fizemos tudo” cai por terra. Em geral, o que foi feito representa um percentual bem pequeno do que poderia ter sido feito. E o que falta não é criatividade, não é conhecimento.
O que falta é método.
A ideia de usar checklists não é nova. E nem é minha. Está no livro do Atul Gawande, Checklist: como fazer as coisas bem-feitas.

Nele, ele conta como a Organização Mundial da Saúde classificou mais de 13 mil síndromes e lesões. E para lidar com isso, existem 6 mil medicamentos e 4 mil procedimentos clínicos. Nenhum médico, por mais brilhante que seja, dá conta disso tudo de forma consistente sem apoio de ferramentas estruturadas.
E isso vale também para o marketing educacional. Em um mercado cada vez mais maduro, com múltiplos canais, personas, objeções e concorrentes, o improviso não basta.
Não dá mais pra depender da ideia da semana ou da campanha que funcionou no passado.
Quer mais budget? Comece mostrando que já está usando, com excelência, as ferramentas que você tem.
Quantas soluções, estratégias e possibilidades estão sendo subutilizadas hoje na sua IES? Antes de pedir mais, que tal olhar com profundidade para o que já está ao seu alcance? Mas creia. No complexo mundo de hoje, só com IA.
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